terça-feira, 20 de outubro de 2009

As greves sob medida, empresa por empresa

Muitas vezes as pessoas pensam que os trabalhadores gostam de fazer greve. Não. Os metalúrgicos de Santo André e Mauá detestam greves. É sempre um situação muito tensa, que exige mobilização na porta das fábricas, com explicações e palavras de ordem para ajudar os indecisos a aderir ao movimento grevista. Por isso, só adotamos as greves quando se esgotam as negociações e predomina a provocação patronal.Quem gosta de greve são os patrões. São os empresários que desafiam o limite da paciência dos trabalhadores, que iniciam as provocações cozinhando o galo dos acordos salariais e ficam, o tempo todo, verificando se o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá vai ou não pipocar. É por causa destas estratégias que há dois anos e meio, em março de 2007, nos tornamos capa da revista “Livre Mercado”, na época dirigida por Daniel Lima, quando as provocações patronais nos levaram “à beira de um ataque de nervos” e estávamos prontos para um longo período de greves. Agora, a situação se repete. Só que, desta vez, vamos fazer greve sob medida nas empresas que apoiam as provocações, que insistem em adiamento dos acordos salariais e que tentam criar o pânico na categoria.Já estamos em greve sob medida. Quanto mais a empresa provocar, mais rapidamente nos prepararemos para parar a empresa, respondendo através do nosso movimento à covardia patronal. Todos nós sabemos que é legítimo o reajuste anual dos salários. Está na lei. Que é também legítima a reivindicação do aumento real, como uma compensação à produtividade que repassamos para a empresa todos os anos. E que é mais legítima ainda a negociação salarial, principalmente, nas datas dos dissídios coletivos.E todo mundo está cansado de saber que quando a razão predomina, os trabalhadores se mobilizam. Nenhum trabalhador ou trabalhadora quer carregar no salário que recebe todo mês a humilhação de ter sido desprezado pela empresa em que trabalha. Vamos dar o troco, com movimentos grevistas empresa por empresa. Se os patrões pensam que o Sindicato de Santo André e Mauá vai pipocar, estão enganados. E que se cuidem para explicar para os acionistas de suas empresas os prejuízos que terão que contabilizar com as greves sob medida, empresa por empresa.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Marcação empresa por empresa para elevar nosso piso salarial

A campanha salarial deste ano vai, como sempre, ser diferente da que realizamos no ano passado. Chegamos à conclusão de que não podemos mais aceitar o achatamento dos pisos salariais, que se tornou uma prática executada ano a ano pelas empresas. Chega! Basta!As empresas achatam nossos salários para obter um ganho adicional. É uma atitude vergonhosa diante do que nós, trabalhadores e trabalhadoras, fazemos ao longo das décadas a favor da economia brasileira.O patrão que tinha dúvida agora tem a certeza da importância do nosso consumo para ajudar (como ajudou) o Brasil a sair da recente crise financeira mundial. Fizemos a nossa parte. E, enquanto isso, os empresários de Santo André e Mauá apostaram no arrocho salarial e no achatamento do piso salarial. Hoje, estamos nos aproximando do piso pago no Interior do Estado, o chamado piso da Federação dos Metalúrgicos. E nunca foi assim. Por isso, é a hora de reagir nos mobilizando e nos manifestando empresa por empresa.Fizemos um levantamento e descobrimos que nas empresas com mais mobilização os pisos são maiores. Por isso, na atual campanha salarial vamos marcar empresa por empresa. Com a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras para garantir a negociação de pisos acima dos valores atuais, negociados pela Federação. Porque vivemos em Santo André e Mauá e o nosso custo de vida é muito superior ao do Interior do Estado.
Venha para a Assembleia da Campanha Salarial na sexta-feira, dia 16, às 18 horas. Traga toda sua vontade de recuperar o valor do seu salário, conquistar aumento real e, de quebra, elevar o piso de sua fábrica. Os patrões vão sentir nossa força e recuperar o piso que foi sistematicamente achatado ao longo dos anos. Contamos com sua presença e participação tanto na Assembléia da Campanha Salarial quanto nas nossas manifestações nas portas das fábricas.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Copa e Olimpíadas devem gerar 5,7 milhões de empregos no Brasil

Com a participação dos trabalhadores na manutenção do mercado interno, o Brasil sai forte e reconhecido da crise financeira mundial que abalou economias em todos os cantos do planeta. Foram sacrificados milhões de empregos no mundo inteiro, com grandes bancos e grandes empresas indo à falência. No Brasil, a barreira criada pelo nosso mercado interno, ou seja, pelos gastos que os trabalhadores e suas famílias fizeram todos os dias aqui dentro, consumindo material de construção, investindo na educação e na saúde de nossas famílias, comprando roupa e alimentação, entre outros gastos, conseguimos que o pior da crise não nos atingisse.Até mesmo os patrões reconhecem a importância do mercado interno e do esforço dos trabalhadores e suas famílias em gastar aqui dentro do País o que se ganha em salários. E foi exatamente por causa do empenho de todos nós que o Brasil hoje desponta como uma grande potência econômica no mundo. Não é à-toa que vamos sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. E através destes dois eventos vamos conquistar, para sempre, nosso status de economia emergente e nos inserir entre as grandes nações do planeta. O mais importante destes dois eventos (Copa e Olimpíadas) é a geração de 5,7 milhões de novos empregos. Gente que será ocupada nos serviços, na hotelaria, no turismo. Homens e mulheres, jovens e idosos, que terão a oportunidade na indústria. Vamos precisar melhorar as condições de nossas estradas, vamos precisar de mais caminhões para transportar mercadorias, vamos construir muito mais máquinas e tratores para ajudar na agricultura.Só no caso da Copa do Mundo de 2014, uma pesquisa realizada pela FGV Projetos, a pedido da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), revelou que cerca de 3,6 milhões de empregos serão gerados. O restante das vagas será gerado para as Olimpíadas de 2016, indo muito além da cidade do Rio de Janeiro.A oportunidade de crescimento econômico e de geração de riquezas e novas vagas será para todos. Mas é muito importante que os empresários brasileiros aprendam, desde agora, a reconhecer a importância dos seus trabalhadores.E que aprendam a dividir as riquezas em vez de apostar, como fazem até agora, apenas na concentração de renda. Com mais empregos e salários dignos está provado que todos saem ganhando. Foi o que vimos na atual crise financeira. Os patrões devem, então, praticar as lições aprendidas, garantindo, ainda neste ano, reajustes salariais decentes, com a reposição da inflação e a garantia de aumento real. É uma atitude a favor dos seus próprios interesses de empresários. Pois com mais distribuição de salário e renda conseguiremos todos construir uma economia brasileira forte e vigorosa.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Conter a selvageria do capitalismo e avançar para recuperar nossos salários

Estamos todos nós superando uma crise financeira mundial. Uma crise que nos levou empregos, que faliu muitos bancos, que fez muita gente no mundo todo, principalmente, nos países muito mais ricos que o nosso, perder posses, casas e investimentos. Ou seja, a crise foi ocasionada pelos gestores do sistema capitalista.Mas também é sabido que o Brasil está se saindo muito melhor que o resto do mundo. Por quê? Porque ao longo dos anos e, principalmente, durante o governo do presidente Lula houve um investimento muito grande no mercado interno.O governo Lula transferiu renda para as classes trabalhadoras incentivando bons acordos e através do reajuste real de 45% no salário mínimo. Repassou, ainda, auxílio para as populações de baixíssima renda através do Bolsa Família. A nossa contrapartida foi gastar tudo o que ganhamos, todos os meses, no mercado interno. A consequência disso é que ajudamos o Brasil a sair rapidamente do sufoco da crise.Pois bem. Agora é hora da retomada. E nós, trabalhadores brasileiros e, particularmente, os metalúrgicos e metalúrgicas de Santo André e Mauá, estamos enfrentando a resistência dos patrões locais.São os velhos praticantes do capitalismo selvagem que ainda resistem mesmo sabendo que a participação consciente dos trabalhadores na produção é essencial para garantir a qualidade final do produto e a produtividade das empresas.É essa produtividade e qualidade que garantem a competitividade das empresas situadas aqui na região. Todos os patrões sabem disso. Até a hora de negociar nossos salários. Aí, começa a ladainha. E o choro de patrões que se comportam como capitalistas selvagens. A eles interessa apenas o arrocho da massa salarial, que estão praticando ano a ano, nos últimos dez anos. Usam agora a desculpa da crise, que já está superada, para resistir a negociações. O aumento real de salários que reivindicamos será gasto aqui mesmo na região, reaquecendo a economia local e ajudando estes mesmos empresários a sobreviver. Mas a cada dia fica mais claro que o patrão selvagem só entende a mobilização direta, a pressão e a obtenção de direitos legais, via Congresso Nacional. Por isso, este ano estamos atuando em várias frentes. Vamos nos mobilizar nas empresas (e se preciso, vamos pará-las), vamos manter a opinião pública sempre informada sobre o tipo de empresários que atuam na região e, mais, vamos continuar a pressionar os deputados federais para aprovarem as 40 horas semanais, sem redução de salários. Só queremos parte da produtividade que agregamos, só queremos repor as perdas salariais com aumento real, só queremos fazer o Brasil avançar com um capitalismo muito menos selvagem que o atual.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

76 anos do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá


O Brasil mais justo e democrático sempre fez parte de nossa agenda

23 de setembro de 1933 a 23 de setembro de 2009

Há 76 anos saudamos a chegada da primavera reafirmando a determinação dos metalúrgicos e metalúrgicas de Santo André e Mauá. Colhemos as flores e ao comemorar o aniversário do nosso Sindicato, registramos nossas lutas e vitórias a favor da classe trabalhadora brasileira, com o apoio da categoria metalúrgica que nos estimula a avançar, sempre, a favor do Brasil.Nestes 76 anos, vivemos cada um dos 27.740 dias preocupados com o que produzimos, com a qualidade dos produtos finais, como contribuímos para melhorar nossa região e o Brasil e, principalmente, com o que levávamos para casa, em salários, ao final de cada um dos 912 meses ou das 3.963 semanas.Fizemos as contas para registrar nesta data tão importante para a categoria e a classe trabalhadora brasileira que contamos cada dia, da semana, cada mês e cada ano. Que somaram grandes conquistas para todo o povo brasileiro.Quando fundamos o sindicato em 23 de setembro de 1933, as mulheres ainda não tinham pleno direito ao voto, que só foi de fato assegurado, com nosso envolvimento a partir de 1946, quando o voto feminino também se tornou obrigatório. Desde então, nunca perdemos de vista em cada um dos grandes movimentos pelas ruas e avenidas, nas manifestações dentro das fábricas, nos enfrentamentos com as forças das ditaduras ou das comemorações de nossas vitórias como a campanha "O petróleo é nosso", da conquista da Lei da Anistia, das Diretas Já e, especialmente, com a nossa grande vitória que foi a eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula, nosso companheiro e amigo.O que nos move sempre é o Brasil que queremos mais justo e democrático. O que nos estimula é a qualidade de vida de todos os cidadãos, dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros. O que nos enche de orgulho é ampliar, cada vez mais, a cada dia, semana, mês e ano nossa participação das grandes mobilizações nacionais.É por isso, que ao chegar aos 76 anos estamos com vigor total cuidando da redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução dos salários. Temos certeza que conseguiremos mais uma vitória, ajudando o Brasil a abrir mais de dois milhões de novas vagas.Chegamos aos 76 anos após um ano que contribuímos decisivamente para ajudar o Brasil a superar uma das mais terríveis crises econômicas mundiais, desde 1930. Demos nosso suor e sangue. Perdemos vagas, perdemos renda. Mas continuamos a acreditar no Brasil colaborando, todos os meses, semanas e dias com o consumo interno do Brasil.Agora, todos respiramos um pouco mais aliviados. É a hora de todos, especialmente os empresários, respeitar a grandeza que o País exige de cada um de nós. Estamos diante de uma campanha salarial e a própria crise nos provou que o consumo interno foi essencial para que a superação da crise fosse mais rápida. Agora, é hora de consolidarmos uma excelente negociação salarial, com a reposição da inflação e com aumentos reais de salários, que queremos que sejam significativos pois nós, metalúrgicos e metalúrgicas, fizemos nossa parte.A categoria está de parabéns pelos 76 anos, que aproveitamos para homenagear os principais pilares que nos ajudaram a chegar até aqui: Marcos Andreotti, José Cicote e João Avamileno. Homens que souberam combinar a eficiência da luta sindical com as negociações com os setores patronais e com os respectivos governos. Homens que nos inspiram e que ajudaram a traçar a partir das fábricas, nos bairros e no sindicato a trajetória do presidente Lula, o ex-metalúrgico, que hoje nos orgulha ao promover uma das mais significativas distribuições de renda que o Brasil já teve registro em sua História.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Economia brasileira se recupera com aumento real dos nossos salários

Um ano depois da crise todas as lições apontam pela manutenção do mercado interno, com decisões rápidas a favor da retomada do crescimento industrial e com a recuperação dos empregos e do valor real dos salários.A ponto de o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, ter comemorado na última sexta-feira, 11 de setembro, o crescimento de 1,9% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre do ano e a saída do Brasil da lista de países em recessão por conta da crise financeira mundial. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a alta - registrada na comparação com o primeiro trimestre de 2009 - interrompe as duas quedas consecutivas na produção de riquezas do País e o retira do cenário de recessão técnica."O PIB teve boa recuperação no segundo trimestre, graças ao consumo das famílias. O mercado interno é o motor do nosso crescimento", disse o ministro Paulo Bernardo.Mas não são apenas os indicadores do IBGE, e a certeza de que o mercado interno, que tem como base o consumo das famílias trabalhadoras, que nos garantem que o pior já passou. E que é necessário agir a favor dos aumentos reais dos nossos salários para aproveitarmos a janela de oportunidades que a retomada do crescimento da nossa economia sinaliza. Estudo da LCA Consultores Associados, que relaciona o volume de investimento total da economia desde 1996 medido pelo IBGE e o uso da capacidade instalada da indústria, apurado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), mostra que toda vez que as fábricas passam a usar, na média, mais de 81,5% da sua capacidade de produção o investimento volta a crescer.E já chegamos a 81,3% do uso da capacidade instalada, o que elimina as desculpas esfarrapadas para se negociar aumentos reais de salários com nossa categoria, neste momento crucial para a economia brasileira. Dados do uso da capacidade da indústria da FGV mostram que houve um salto de 1,5 ponto porcentual nesse indicador de julho para agosto. No mês passado, o uso da capacidade atingiu 81,3%, o maior nível desde novembro de 2008 (84%).Foi este o contexto que motivou as montadoras a chegar a um acordo com seus trabalhadores com aumento real. Como todos nós sabemos, as montadoras ofereceram reajuste de 6,53% aos metalúrgicos do ABC e abono de R$ 1.500.O reajuste contempla o INPC de 4,44% acumulado de 1º de setembro de 2008 a 31 de agosto de 2009, acrescido de cerca de 2% de aumento real. Está aí um excelente sinalizador para nossa campanha salarial. Vamos lutar por mais, mas já temos um mínimo para colocar na mesa de negociações. Afinal, é a hora de os metalúrgicos de Santo André e Mauá recuperarem todo o esforço que fizeram durante a crise, na forma de salários com aumento real e mais empregos. Não cabe, portanto, o tradicional chororô patronal. É hora de pensar grande no Brasil. E garantir nosso aumento real pois nós, trabalhadores metalúrgicos, sabemos investir na recuperação da economia brasileira.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Pré-sal é nosso, ou seja, de todos nós brasileiros

Os brasileiros desempregados, os que vivem com menos da metade de um salário mínimo por mês, os que estão fora da escola ou os que vivem em cidades sem médicos também exigem sua participação na atual discussão do que fazer com os futuros lucros do pré-Sal. A primeira iniciativa que registramos é que não haverá nem pré-sal muito menos ganhos do pré-sal se não forem respeitados os interesses de todos os brasileiros. Senão o pré-sal vai virar mais uma plataforma de campanha de governadores e prefeitos da orla marítima e uma desculpa para se concentrar ainda mais a renda no Brasil.Por isso, em nome dos 32,5% dos brasileiros que vivem com menos de R$ 232,50 por mês (a metade do salário mínimo) e, portanto, abaixo da linha da pobreza, reivindicamos que se distribua a renda do pré-sal para colocar um fim nesta miséria, em pleno Século 21. Estes brasileiros reivindicam os ganhos do pré-sal e por isso, repetimos, "O Pré-Sal é Nosso!"Também em nome das mais de 800 mil crianças, que segundo a Unesco estão fora da escola, apesar de estarem em idade escolar, reafirmamos que o "O Pré-Sal é Nosso!" É preciso usar os ganhos do pré-sal para construir mais escolas, para treinar professores e gerar salários motivadores para que mais jovens se dediquem ao magistério.Em nome de cada um dos 2 milhões de brasileiros, em idade adulta e em condições de trabalhar, mas que, infelizmente, não conseguem um emprego decente, clamamos que o "O Pré-Sal é Nosso!". Nós, brasileiros, portadores de títulos de eleitor e de carteiras de trabalho sem assinar, exigimos nossa participação nos ganhos do pré-sal.E não podemos deixar de fora da nossa campanha "O Pré-Sal é Nosso!", os 455 municípios brasileiros em que não tem um médico sequer da rede pública. A carência de profissionais é maior nas regiões Norte, Sul e Sudeste, onde 25,7%, 25,5% e 24,4% dos municípios não têm nenhum médico em sua estrutura de saúde.Enquanto vivermos com esses indicadores absurdos de concentração de renda em que algums regiões e cidades do Brasil têm demais e falta tudo em outras regiões, temos que discutir profundamente o destino que se dará aos ganhos do pré-sal."O Pré-Sal é Nosso!" é a bandeira dos metalúrgicos de Santo André e Mauá, da mesma maneira que foi quando realizamos a campanha "O Petróleo é nosso". Os ganhos da campanha que realizamos em torno do petróleo podemos ver pela pujança da Petrobras. Mas os ganhos sociais seja através da Petrobras ou do Pré-Sal ainda estão para ser confirmados.Com auto-suficiência e mesmo com a sobra de petróleo, corrermos o sério risco de ter mais concentração de renda. O discurso dos governadores e das cidades que atualmente recebem os royalties é bonitinho. Mas ninguém organiza, de verdade, a distribuição da renda do petróleo.Que terá que respeitar políticas públicas a favor da geração de empregos, da colocação de crianças e jovens nas escolas, da alocação de médicos para as cidades que ainda não têm um profissional sequer e, principalmente, para acabar com a miséria vergonhosa no Brasil.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Montadoras ganham com IPI mas não ajudam na recuperação do PIB

O presidente Lula voltou às suas origens sindicais ao culpar diretamente as montadoras pela queda do PIB no primeiro trimestre deste ano. Segundo o presidente Lula, houve precipitação dos setores automotivos que, mesmo com a redução do IPI, interromperam a produção e até mesmo reduziram seus quadros. A consequência da "precipitação" de setores como o automotivo em reduzir a produção no fim de 2008 foi um dos fatores que levaram à queda do PIB no primeiro trimestre. Só com a renúncia fiscal do governo com o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) houve uma perda de mais de R$ 2 bilhões. E a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores) tem a cara de pau de vir a público anunciar, como um feito heróico, a abertura de 300 novas vagas e prometer mais 2 mil contratações. Basta fazer as contas e dividir os R$ 2 bilhões pelas 2.300 novas vagas, e vamos chegar à conclusão de que cada uma das vagas teria custado ao Brasil cerca de R$ 869 mil. Dinheiro equivalente a R$ 2 mil mensais, durante 36 anos. Uma vergonha que merece toda a determinação sindicalista do presidente Lula e a nossa indignação, como metalúrgicos e sindicalistas metalúrgicos. Nós sabemos, agora, que o empenho do governo do presidente Lula em gerar subsídios fiscais foi aproveitado por vários setores da indústria e, em especial, pelos banqueiros, para gerar lucros em benefício próprio em vez de ajudar o Brasil a sair da crise.Junto com a indústria automobilística temos práticas constrangedoras adotadas pela Embraer, que demitiu 4.300 trabalhadores. E da Vale do Rio Doce que mandou para a rua, nos primeiros dias da crise, 1.300 companheiros e companheiras.Empresas dependentes dos financiamentos públicos, especialmente do BNDES. E que na hora da contrapartida social se lixam para o Brasil, não estão nem aí em relação às dificuldades criadas para o mercado interno.Ou seja, falta patriotismo e comprometimento com a Nação brasileira. Mas o tempo da grande reconstrução do Brasil está apenas começando. O governo do presidente Lula já mostrou que é possível uma ação do Estado para minorar os efeitos da crise.Agora, vamos realçar o lado sindicalista do presidente Lula e ajudá-lo a colocar em prática políticas públicas que gerenciem de perto as eventuais renúncias fiscais. É muito melhor, como o próprio presidente Lula já afirmou, investir diretamente nos trabalhadores e na população de mais baixa renda. Porque nós trabalhadores não investimos nossa economia em paraísos fiscais. A gente gasta é aqui mesmo na nossa cidade, no nosso bairro. Através de pagamentos diretos na melhoria de nossa alimentação, de nossa moradia e nos estudos de nossos filhos. E é essa capacidade de consumo do povo trabalhador brasileiro que está ajudando o Brasil a superar a crise. E já conseguimos perceber quem joga a favor e contra a nossa economia. Agora, é só questão de agir para consolidar a política de crescimento econômico através da ampliação do mercado interno, que passa obrigatoriamente, pela negociação de reajustes salariais acima da inflação, como tem sido sempre o objetivo de nossa campanha salarial.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Com desculpa da crise, empresários apostam no arrocho da massa salarial

Nos aproximamos de um ano da crise financeira mundial, que teve início em setembro do ano passado. As principais lições que já podemos analisar é que o mercado interno, sustentado pela renda dos trabalhadores brasileiros, ajudou o Brasil a ter uma relativa estabilidade econômica desde o ano passado, se comparamos os efeitos da crise aqui com o estrago que fez em países ditos do primeiro mundo.Antes da crise, a renda dos trabalhadores crescia e era usada para o consumo, na sua totalidade. Dados do Ministério do Trabalho mostram que, nos primeiros seis meses de 2008, o salário médio avançou 3,92% ante o ano anterior e, no mesmo período de 2007, houve alta de 4,62%. Além disso, as contratações formais aumentavam e caminhávamos para um crescimento econômico que nunca havíamos experimentado no Brasil.Veio a crise que passou a ser usada tanto para demitir, num primeiro momento, quanto para arrochar os salários, agora que há sinais claros de recuperação. No primeiro semestre deste ano, o aumento do salário inicial médio dos trabalhadores nas três unidades da federação que pagam os maiores rendimentos no país - São Paulo, Rio e Distrito Federal - foi de apenas 0,57%. Nos primeiros seis meses de 2008, o avanço havia sido de 3,92% ante o ano anterior e, no mesmo período de 2007, houve alta de 4,62%.

Análise da crise

Logo no início da crise, os bancos fecharam o crédito e usaram dinheiro público para investir em títulos do Tesouro. Abandonando a responsabilidade social que se espera deles de manter o fluxo de moeda através da oferta de crédito para as empresas, sejam elas pequenas ou grandes. Além disso, atacaram diretamente os seus próprios correntistas e estabeleceram uma relação de agiotagem com juros na estratosfera, mesmo com as seguidas quedas da taxa Selic, adotadas pelo Banco Central.Os empresários seguiram a mesma toada dos banqueiros. Com um agravante: demitiram no primeiro momento de maneira desrespeitosa e indiscriminada. Sempre usando a crise como desculpa, mesmo quando percebiam sinais de manutenção do consumo.O governo do presidente Lula soube agir com grandeza. Estimulou o consumo, adotou renúncias fiscais determinantes na indústria automobilística, na linha branca e na construção civil. Os trabalhadores, sem alternativa diante dos ataques de alguns setores empresariais, lutam todos os dias para manter a renda. Com o esforço combinado dos cidadãos, trabalhadores e consumidores brasileiros, conseguimos ver a luz no fim do túnel. Mas de novo os empresários mantêm a desculpa da crise para recontratar com salários mais baixos, numa intenção clara de arrochar a massa salarial.Arrochar a massa salarial é um ato de estupidez empresarial. Pois afeta diretamente o mercado interno, a capacidade de consumo e prejudica a recuperação da economia brasileira.Por isso, fica cada vez mais claro que não resta outra alternativa aos trabalhadores, seus sindicatos e centrais a não ser ampliar, mais ainda, a mobilização a favor da assinatura da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho. Trata-se da convenção que cria um controle (com participação dos sindicatos) das demissões arbitrárias. Será a resposta dos trabalhadores e do governo brasileiro a um estilo gerencial que, por ser extremamente egoísta, não tem visão de médio e longo prazos.Uma decisão que vamos encaminhar simultaneamente com nossa Campanha Salarial. Pois é importante conseguir a recuperação dos salários. Mas é também determinante manter nossa capacidade de consumo quando atingimos um patamar maior de ganhos. E não podemos deixar que as manobras patronais, através da demissão sistemática e recontratação de novos trabalhadores com salários menores, nos prejudiquem e, ao mesmo tempo, comprometam a capacidade do Brasil de superar a atual crise financeira.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Só distribuição de renda, via salários, mantém vigor do mercado interno

Na crise é que a gente percebe a verdadeira face do capitalismo em que vivemos. No início da crise mundial, os alarmistas de plantão pintaram o pior quadro possível para o Brasil. Haveria, segundo eles, um estrangulamento sem precedentes na economia brasileira. E já aproveitaram as más notícias para demitir em massa, fazendo um corte de mais de 600 mil vagas e deixando de criar novas oportunidades de trabalho. Logo, perceberam que o mercado interno tinha um vigor acima da análise pessimista. Muitos empresários começaram a perder dinheiro por falta de estoque e começaram algumas recontratações tímidas. E em menos de seis meses, o capitalismo tupiniquim brasileiro começou a se recompor. Mas mantendo, como de hábito, o velho estilo de arrancar o máximo possível da classe trabalhadora. Virou o ano, entramos no segundo semestre de 2009, e grande parte dos empresários continua a adotar a rotatividade de mão-de-obra para ampliar seus lucros. Segundo o jornal "Folha de S.Paulo", levantamento feito pelo Ministério do Trabalho mostra que, apesar da expansão do emprego que tem sido observada nos últimos anos, as novas vagas oferecem salários inferiores àqueles recebidos pelos demitidos. No primeiro semestre deste ano, o salário médio das pessoas contratadas foi de R$ 754,79, enquanto as pessoas demitidas no período recebiam R$ 858,58. Ou seja, os novos empregados recebiam, quando admitidos, 12% menos do que aqueles que perderam o emprego na mesma época.Uma esperteza burra dos empresários que são míopes e esquecem que o que blindou a economia brasileira no ano passado foi o nosso mercado interno. Se esquecem que o que sustentava o mercado interno eram os trabalhadores com salários decentes, que continuaram a consumir e que ajudam o Brasil a se sair mais ou menos bem nesta crise. Mas o egoísmo e a miopia patronais não têm limites. São empresários que dirigem suas empresas perto da cegueira estratégica absoluta. Pois, ao apostar na rotatividade e na substituição dos trabalhadores por outros com salários 12% menores, comprometem diretamente o vigor do mercado interno.É, por isso, que os trabalhadores brasileiros e suas centrais sindicais estão pressionando o Congresso Nacional para que aprove ainda neste ano a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salários, e que o Brasil assine a Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), para controlar as demissões imotivadas para redução da massa salarial, atualmente praticada pelas empresas.Porque, se deixar por conta dos patrões, corremos o risco de comprometer o mercado interno brasileiro. Pois a atual crise provou que só um mercado interno forte, sustentado por uma crescente distribuição de renda, via empregos com salário digno, protege nossa economia. Mas tem muito patrão que prefere administrar apenas com o egoísmo imediato. Por isso, nós, trabalhadores e trabalhadoras, temos que assumir nossa responsabilidade cívica e pressionar o Congresso Nacional a votar leis a favor da modernização de nossa economia e do Brasil.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Brasil atrai 11,2 bilhões de dólares de investimentos na produção

Vivemos no Brasil uma estranha situação criada no meio desta tremenda crise financeira mundial. Pelos indicadores econômicos e pela percepção social, apenas os trabalhadores e suas famílias e as grandes empresas multinacionais dão provas de acreditar de fato na economia do Brasil.Texto publicado nesta segunda no jornal "O Estado de S. Paulo" mostra que os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) atingiram, até o mês de junho, um montante de 11,2 bilhões de dólares. Investidos em ampliação da capacidade das fábricas, no comércio, na agricultura e nos serviços.Este investimento estrangeiro deve atingir, até o fim do ano, US$ 25 bilhões.Segundo a reportagem, a coreana LG, animada com o potencial do mercado brasileiro, começou a investir na produção de notebooks no País em meados do ano passado na fábrica de Taubaté (SP). Inicialmente, a produção era de 3 mil unidades no mês de junho, volume que saltou para 15 mil em dezembro. "Nossa previsão é fechar este ano com 200 mil notebooks fabricados. Isso vai colocar o mercado brasileiro como o segundo maior para a companhia no mundo, atrás apenas da Coreia do Sul", diz o gerente de produtos de notebooks da empresa, Fernando Fraga.Também a italiana Pirelli, fabricante de pneus, elegeu o Brasil como principal destino de seus investimentos até 2011. A empresa vai aplicar US$ 200 milhões na ampliação da capacidade das três fábricas que tem no País e em pesquisa e desenvolvimento.Neste mês, a Mabe, fabricante mexicana de eletrodomésticos, comprou a operação brasileira da BSH Continental por US$ 35 milhões. Além desses recursos, a companhia vai investir aqui US$ 30 milhões em produtos e US$ 35 milhões nas fábricas.Os trabalhadores brasileiros e, em particular, os metalúrgicos de Santo André e Mauá, como sempre, apostamos todo o nosso empenho na recuperação da economia. Ao longo da crise assumimos o pior lado ao acumular desemprego e dificuldades de negociação da PLR e recuperação salarial. Mas agora, a partir do segundo semestre, começamos a renegociar nossos acordos coletivos. E é hora de os empresários brasileiros, que têm suas empresas aqui na região, também mostrar que também acreditam no Brasil. O que tem chamado a atenção das grandes multinacionais para o nosso país é o vigor do nosso mercado interno.E mercado interno se constroi com boa oferta de empregos e com salários decentes. Porque a família trabalhadora investe tudo o que ganha no Brasil. Seja em escolas, material escolar; ou na construção ou ampliação da própria casa; ou na compra de um carrinho a prestação ou de uma geladeira ou fogão. Se faltava a motivação aos empresários, acreditamos que o exemplo está vindo de fora do Brasil, com os investimentos estrangeiros feitos diretamente na produção, no comércio e nos serviços.O mundo está cada vez mais integrado. E os empresários brasileiros, se continuarem neste misto de avestruz com ave de rapina, ou seja, rapinam o lucro no tempo das vacas gordas e enfiam a cabeça no buraco nos períodos de crise, vão deixar espaços abertos para empresas estrangeiras se consolidarem, sozinhas, na produção local.Os trabalhadores já provaram que têm qualificação e determinação de padrão mundial. Caso contrário, as multinacionais não estariam investindo na produção aqui. Mas é uma questão de bom senso estratégico que os empresários locais, especialmente agora nestes tempos em que juntamos todos os esforços para superar a crise, retomem os investimentos e negociem novas convenções coletivas com seus trabalhadores, para manter o Brasil e seu mercado interno como uma das principais referências na economia mundial.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Brasil moderno e mais produtivo com jornada de 40 horas semanais

O Brasil do futuro, tão sonhado e parte integrante dos discursos políticos das últimas cinco décadas está, agora, ao alcance de nossa realidade.O futuro chega, por exemplo, com a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução dos salários, conforme foi aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Países civilizados como Suécia, com jornada semanal de 37,8 horas; Alemanha, com 38 horas semanais e França, com 38,6 horas, são exemplos contundentes de que é possível somar a qualidade de vida com uma jornada menor.Trata-se de uma decisão modernizadora que vem se somar aos 15 anos do Plano Real, à recuperação do valor do salário mínimo e à legislação que estabeleceu, após muita mobilização dos trabalhadores, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). São conquistas que, ao longo dos anos, reforçaram o mercado interno brasileiro e nos ajudaram a blindar nossa economia em relação à crise financeira mundial. Hoje, com a tecnologia disponível, é possível produzir muito mais, com menos homens/hora. O capitalismo civilizado investe nesta atitude porque sabe que é um bom negócio ter mais trabalhadores e trabalhadoras na produção, pois, se todos ganharem sua parte, conseguem gerar um mercado interno forte.Desde o começo da década de 90, quando o ex-presidente Fernando Collor comparou os carros brasileiros a carroças, a produção anual da indústria passou de pouco mais de 1 milhão de veículos para quase 3 milhões, atualmente. Em toda a década de 80 foram lançados oito novos modelos de automóveis. Na primeira metade dos anos 90 foram doze. Hoje, já nem dá mais para contar o número de modelos novos. Além disso, o tempo de montagem de um veículo foi reduzido de 48 para 33 horas, no fim da década de 90. Atualmente, os trabalhadores das montadoras do Grande ABC montam um carro em menos de 17 horas. Dentro desta produtividade crescente, o impacto da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais vai mesmo é fortalecer o mercado interno. Estimativas do Dieese mostram que a redução das atuais 44 horas semanais para 40 horas vai ajudar a abrir mais de 2,5 milhões de vagas.Com pais e mães com mais tempo, o Brasil inteiro viverá uma revolução na educação. Porque os pais e mães querem (e precisam) de mais tempo para acompanhar e incentivar seus filhos na escola. E com mais pais e mães trabalhando, teremos um reforço adicional no consumo interno.Falta agora a redução da jornada de trabalho ser votada em plenário. Estamos animados porque estamos em um ano pré-eleitoral. E sabemos do cuidado que os deputados federais têm com os temas de interesse dos trabalhadores.Além disso, a grande maioria do Congresso Nacional (Câmara e Senado) quer superar a atual crise financeira mundial, ajudar o País a gerar mais empregos e, principalmente, apostar no Brasil moderno. Como é desejo de todos nós.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Jornada de 40 horas semanais, vai gerar 2 milhões de novas vagas

Vivemos, desde ontem, com a aprovação por unanimidade das 40 horas semanais, sem redução dos salários, na Comissão Especial da Câmara dos De­pu­tados um novo patamar na História da classe trabalhadora brasileira. É um momento histórico porque abre cami­nho para a criação de mais de 2 milhões de vagas. É uma vitória que se soma à conquista de 44 horas na Cons­tituição de 1988 e que coroa, mais uma vez, o esforço dos trabalha­dores e dos metalúrgicos de Santo André e Mauá, que desde os anos 80 (veja foto) estão à frente na reivindicação de jornadas mais humanas e mais civilizadas.Hoje, o Brasil é um dos poucos pa­íses do mundo desenvolvido que ainda adota as 44 horas. Com redu­ção para 40 horas, vamos ganhar qualida­de de vida. Teremos tempo para nos de­dicar às nossas famílias, nos qualificar me­lhor e viver com mais dignidade.Porque a vida é muito mais do que condução e fábrica, dormir pou­co, condução e fábrica. Essa ro­tina desumaniza o trabalhador e a traba­lhadora. Com a decisão da Co­mis­são Especial que contou com a li­derança e esforço dos deputados Paulinho, da Força (PDT-SP); Vi­cen­tinho (PT-SP) e de Ro­ber­to San­tiago (PV-SP) e o apoio unânime dos demais deputados, vamos ca­mi­nhar para a geração de mais de 2 milhões de novas vagas.É, também, uma vitória que confirma o acerto do povo brasileiro de ter acreditado nas propostas de um ex-metalúrgico, o nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Cada uma das promessas históricas está sen­do cumprida. Hoje, a cada ano, re­cuperamos o valor do salário mínimo. A cada dia, incluímos mais consumidores na economia; a cada semestre, temos mais jovens com diplomas universitários. A vitória da jornada de 40 ho­ras está perto, mas não está garantida. O próximo passo é a votação em plenário. Serão neces­sários 308 votos. E já estamos em contato com cada um dos deputados. Cada um deles receberá nosso jornal e terá seu voto acompanhado, com refle­xos diretos nas campanhas de reeleição que tentarão em 2010. Além do acompanhamento no Con­gresso, vamos incluir as 40 ho­ras semanais na campa­nha salarial, e negociar com os pa­trões um novo patamar de civilização para nossa categoria, com redução de jornada, sem redução de salários. O momento é histórico. Reflita so­­bre esta vitória com seus filhos, companheiros de fábrica, parentes e vizinhos. O Brasil, com nossa participação, avança a favor de melhorias para a classe trabalhadora, que, com a eleição de Lula, conquista, pela primeira vez em 500 anos, o seu lugar no cenário político e econômico do País.

terça-feira, 23 de junho de 2009

É possível, sim, superar a crise com muito trabalho e patriotismo

Aos trabalhadores, entre eles os metalúrgicos do Grande ABC, interessa acompanhar de perto os efeitos da crise em nossos empregos e na sobrevivência das camadas mais pobres da nossa Nação, tradicionalmente desprezadas pelas nossas elites. Diante da informação divulgada pela FAO, organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) para a agricultura e alimentação, de que 1 bilhão de pessoas no mundo serão vítimas da fome, voltamos nossa atenção para os esforços continuados do governo do presidente Lula de proteger com a Bolsa Família as famílias, que, de outra maneira, estariam submetidas ao rigor desta fome já registrada pela ONU.Além da Bolsa Família, o reajuste real do salário mínimo também se transformou numa rede protetora, em termos de realidade brasileira, para milhões de aposentados e pensionistas e de trabalhadores que ainda conseguem manter uma carteira assinada nestes rincões brasileiros.Só quem tem uma vivência da realidade dura que abate sobre o sertão brasileiro, sobre as famílias ribeirinhas do Amazonas, e de milhões de outros brasileiros que sobrevivem no limite de suas forças físicas pode entender e valorizar a proteção que significa a entrada de R$ 60 a 70 por mês ou o acesso a um salário mínimo. Se olhamos para estes aspectos de manutenção mínima da sobrevivência de brasileiros nestes tempos de crise mundial é para chamar a atenção das lideranças políticas, de parte da elite dos empresários, que ainda acredita e aposta no futuro do Brasil, que temos, sim, condições de organizar a superação da atual crise.As políticas públicas adotadas pelo governo Lula criaram, como disse, uma rede de proteção. Ainda temos um mercado interno dinâmico e nossa população de mais baixa renda ainda não é vítima da fome.Ou seja, temos as condições mínimas para reorganizar nosso mercado interno, de apostar na geração imediata de geração de novas vagas, para absorver os trabalhadores e trabalhadoras que foram demitidos desde a crise.E para criar esperança e oportunidades para os jovens que querem trazer para o Brasil sua energia transformadora e geradora de novas riquezas que muito mais do que os trabalhadores e suas lideranças, que o governo e suas políticas públicas, que devem se mobilizar também os empresários, até mesmo os banqueiros, os políticos (deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores e senadores) para gerar ações imediatas a favor do Brasil e dos seus trabalhadores. Só assim conseguiremos aproveitar da atual rede de proteção gerada pelos acertos das políticas públicas do governo Lula e afastar de vez o fantasma da fome, como já identificada pela ONU em países que viviam em situação muito próxima da realidade brasileira há uma década.É hora de agir porque a crise ainda é grave. É hora de lembrar que os trabalhadores e os governos não foram responsáveis pela crise. E é o momento de dar um tranco na elite financeira e industrial brasileira. Pois ou eles nos ajudam a superar a crise, ou a crise se abaterá, inclusive, sobre os seus tão preciosos lucros.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Melhorar e avançar




Seminário “Organização, mobilização, sindicalização”

Melhorar e avançar

Nesta sexta-feira, dia 19 de junho, a diretoria do nosso sindicato promoverá na nossa Colônia de Férias, na Praia Grande, um seminário para discutir nossa organização, mobilização e sindicalização.
Além da avaliação de nossas conquistas, vamos recordar e registrar como foi o processo que nos levou a cada vitória. Há uns 15 anos, quando se falava em participação nos lucros e resultados, os patrões mandavam chamar os advogados para nos processar. Nos acusavam de querer controlar suas fábricas. Mas, com a nossa mobilização dentro e fora das fábricas e da pressão no Congresso Nacional, levamos para casa, a cada ano, um ganho extra a título da merecida participação que tivemos na geração de lucros e resultados.
É a mesma organização que nos garantiu a conquista de mais de cem itens sociais na nossa Convenção Coletiva, que se refletem na condução que temos, na refeição e no convênio médico. São vitórias que nos ajudam a consolidar melhor qualidade de vida dentro e fora do local de trabalho.
Mas, para crescer com independência, temos que ter nossa própria organização. Por isso, o sindicato criou ao longo dos anos sua própria estrutura, que nos levou, com a ajuda da categoria, a ter a sede em Santo André, a subsede em Mauá e a nossa Colônia de Férias, com toda a infraestrutura operacional para fazer frente à constante pressão patronal contra nossos interesses.
Porque não nos iludimos nunca, vivemos numa batalha constante entre o capital e o trabalho. Como você sabe, o capital só se reproduz arrancando lucro através do nosso esforço. Por isso, temos que estar sempre preparados para não sucumbir às manipulações patronais que tentam de tudo para acabar com os direitos trabalhistas, duramente conquistados.
Faz parte de nossas vitórias, sempre com iniciativas dos sindicatos, a conquista do 13º salário, do abono de férias e das próprias férias, da licença maternidade, da proteção nos locais de trabalho através das Cipas e da redução da jornada de 48 para 44 horas semanais, o que nos permite, hoje, ter mais de 200 horas livres por ano para cuidar de nossas famílias.
Mas os empresários não dormem no ponto. E querem a todo custo retirar estes direitos e evitar que sejamos vitoriosos na nossa luta contra a demissão imotivada, que colocaria um fim na rotatividade que é usada, sistematicamente, para achatar a massa salarial.
É para discutir estratégias e colocar em prática ações de curto, médio e longo prazos a favor da nossa categoria que nos reuniremos na próxima sexta-feira. O resultado do seminário será repassado para toda a categoria, através dos diretores e lideranças que vinculam nosso sindicato às bases.
Mas o prêmio mais importante que vamos buscar é a vinculação mais estreita entre o sindicato e a categoria por meio do aumento da sindicalização. Porque vocês, companheiro e companheira, ao se associarem ao nosso sindicato, mostram para os patrões que aumentamos nossa capacidade de organização e de mobilização. A favor de nossa família, do futuro de nossos filhos e do Brasil.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Renovar frota de caminhões, ônibus e de carros para gerar mais empregos

Em continuidade ao seminário "O ABC do Diálogo e do Desenvolvimento", realizado em março, vamos receber no próximo dia 5 de junho o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e o secretário do Desenvolvimento do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, para organizar um grupo de trabalho sobre a indústria automobilística na região. O encontro, que terá o apoio do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, está sendo organizado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.
O momento é adequado porque tivemos tempo para refletir sobre os principais itens que debatemos em março, com o distanciamento suficiente também para avaliar a maturação da crise financeira mundial e os reflexos da renúncia fiscal que o governo federal adotou para o setor.
Descobrimos com a redução do IPI o impacto que a indústria automobilística causa em toda a cadeia produtiva. E, agora, a partir da criação do grupo de trabalho sobre a indústria automobilística gostaríamos de colocar em pauta os seguintes temas:

a) Financiar caminhões para caminhoneiros autônomos - Criar linha de crédito, com apoio do FAT - Fundo de Amparo do Trabalhador -, para renovar a frota dos caminhoneiros autônomos. Recentemente, o Codefat autorizou, com ajuda da Força Sindical, a criar uma linha de crédito de R$ 100 milhões para o financiamento de motos novas para os motoboys. É questão apenas de incluir os caminhoneiros autônomos, que, a exemplo dos motoboys, necessitam do veículo para sua sobrevivência. Segundo dados do Registro Nacional do Transportador Rodoviário de Carga, 84% dos transportadores são autônomos e detêm mais da metade da frota brasileira. Estima-se que a frota mundial de caminhões seja responsável por 24% da emissão de CO2. Imagine qual deve ser a nossa contribuição para emissão de CO2 com uma frota de caminhões com uma média de 18 anos de vida?
b) Incentivar a renovação das frotas de ônibus e de caminhões - Com a renovação das frotas, combinada com o financiamento dos caminhoneiros autônomos, teríamos condições de impactar positivamente a qualidade de nossa frota, incentivar a substituição de automóveis particulares por transporte público e reduzir o impacto no meio ambiente;
c) Renovar a frota de carros de passeio - Cerca de 55% da frota nacional de veículos tem mais de dez anos. Ao incentivar a renovação, os ganhos, além do aquecimento da economia e dos empregos gerados, seriam percebidos na redução dos engarrafamentos nos grandes centros e no impacto junto ao meio ambiente. A frota nova viria com a tecnologia flex e com o incentivo de uso de álcool, que só o Brasil poderia fazer em larga escala, com reflexos diretos na proteção ao meio ambiente;
d) Grande impacto na geração de emprego - As propostas apresentadas têm como objetivo reaquecer a economia em todos os setores, gerar empregos dentro e fora da cadeia produtiva da indústria automobilística e reduzir a emissão de CO2 para proteger o meio ambiente.
Eis as nossas reflexões e sugestões para serem devidamente analisadas pelos companheiros e companheiras que se reunirão no dia 5 com o ministro Miguel Jorge e com o secretário Geraldo Alckmin.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Crise financeira agora é crise mundial de empregos

Ao acompanhar as notícias mais recentes percebemos que surgem aqui e ali sinais de que a economia brasileira (e mundial) se recupera. Algo que já esperávamos porque para os trabalhadores brasileiros, o Brasil continua a ser muito maior que a atual crise mundial. Ainda mais por estarmos sempre prontos para fazer nossa parte e confiarmos na nossa capacidade de superação.

Mas por mais que vasculhemos o noticiário, ainda não encontramos nenhum indício de recuperação do emprego. E é essa a medida que nos interessa tanto quanto trabalhadores, como cidadãos e consumidores. Sem a retomada do emprego não há economia que se sustente a médio e longo prazos. Pois estaremos comprometendo a sustentação e o vigor do mercado interno.

Da mesma maneira que não aceitamos as notícias evidentemente manipuladas do início da crise, que eram publicadas para reforçar o terrorismo e justificar o desemprego em massa, agora não aceitaremos, também, as supostas boas notícias de recuperação da economia sem que sejam acompanhadas, simultaneamente, de açoes concretas pela retomada dos empregos.

Porque um dos fundamentos que foi utilizado por todos os analistas que souberam avaliar com realismo a atual crise destacava o mercado interno, sustentado pelo nível de emprego, como o pilar máximo de sustentação da economia brasileira.

Mercado interno que foi estimulado por politicas públicas adotadas no Governo Lula que apostaram na recuperação do valor do salário-mínimo, na redistribuição de renda e na implantação do Bolsa Família. O governo do presidente Lula soube adotar, com rapidez, a desoneração tributária, ao abrir mão do IPI no setor automobilístico e na linha branca e a forçar a queda dos juros e dos spreads bancários nos bancos públicos. Um conjunto de medidas que hoje nos permite respirar mais ou menos aliviados, mas que ainda está distante de influenciar a retomada dos empregos.

Por isso, insistimos na recuperação dos empregos como a medida máxima da recuperaão da economia. O que nos leva a tratar as atuais notícias de fim do poço da economia como manipulações do sistema que usa os meios de comunicação para alardear o clima que lhe interessa, sem se atentar para a essência da atual crise, que se configura como uma crise mundial de emprego. 

quinta-feira, 26 de março de 2009

Buscar o reaquecimento social de nossa economia

Nos momentos de crises, como o que estamos vivendo agora, com os empregos eliminados de acordo com as  vontades unilaterais de empresários que não se preocupam nem com o social e muito menos com o Brasil, as famílias trabalhadoras são as vítimas preferenciais.

Neste momento é hora de as lideranças se apresentarem para os grandes embates na busca de uma solução rápida e que nos ajudem a recuperar nossos empregos, a saúde do mercado interno e apoiados em nossa fé no Brasil que nos garante a certeza que vamos sair desta, porque o Brasil é muito maior que a crise.

É o que faço com o blog do Cícero Martinha. Me apresento para, junto com você, ampliarmos nossa presença na condução dos destinos de nossa Pátria.

Há mais de 30 anos me preparo, como você bem sabe. Ao lado do Lula, sindicalista; do Lula, líder grevista; do Lula, o politico que está mudando para melhor a realidade social do Brasil participamos de todas as grandes lutas. Nossas trincheiras eram o chão de fábrica, as comunidades, as madrugadas sem dormir, a aliança permanente com líderes populares.

Vencemos boas batalhas, nestas três décadas.

Ajudamos a redemocratizar o Pais, derrubamos e controlamos a inflação. Gerenciamos a implantação dos acordos de Participação nos Lucros e Resultados. Buscamos e conquistamos, seguidamente, aumentos reais de salários.

Mas o Brasil exige muito mais de nós. Por isso, nos apresentamos, agora, para as grandes batalhas a favor da sua Saúde, da sua Educação e da sua Moradia.

A responsabilidade pela atual crise é dos grandes conglomerados empresariais, dos banqueiros e especuladores. É por isso que para sairmos da crise com a garantia de bem-estar para nossas famílias, vai depender de nossa determinação de estarmos nos centros de decisão que consolidarão uma nova realidade econômica, com um controle muito mais rígido sobre os especuladores e com a exigência de as empresas terem a contrapartida social nas suas planilhas de investimentos.

Estou me apresentando para as grandes batalhas à frente. Conto com você, sua orientação e apoio. Junte-se à nossa fé neste nosso Brasil. Vamos ocupar os espaços sociais, interferir nas decisões governamentais e impor a nossa vontade cidadã a favor de investimentos na Agenda Social que priorize mudanças de curto prazo na Saúde, Educação e Moradia para nossas famílias.

Como você, tenho certeza que ao apostarmos nossa energia nesta Agenda Social que forçaremos, de tabela, a geração de novos empregos e o reaquecimento social da nossa economia. 

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Porque sabemos que o Brasil é maior que a crise?

A crise que agora ameaça nossos empregos será superada como as demais. Basta recordar as crises anteriores e veremos que é possível sim, sair desta. Mais uma vez o Brasil será maior que a crise. Veja as principais crises no mundo, seus efeitos e como as superamos. 
Crise de 1873 — Foi a 1ª grande crise capitalista e ficou conhecida como "Longa Depressão" e durou até 1896.
Causas. Uma das causas veio da indústria ferroviária. O setor cresceu em ritmo acelerado e quebrou, graças à consolidação da rede de ferrovias nos países industrializados. Isso fez com que preços e lucros fossem abaixo.
Efeitos. A Inglaterra é considerada o país mais afetado pela crise. As exportações caíram 23% e o número de falências disparou. Nos EUA, a instituição bancária Jay Cooke quebrou, levando a Bolsa de Valores de Nova York a fechar as portas por dez dias. O desemprego saltou a 14%. França, Alemanha e Itália também foram afetadas.
Resultados. Surgimento de um capitalismo monopolista.

Crise de 1929 — Chamada de Grande Depressão, foi maior crise econômica da história recente. Causas. A especulação em um mercado sem regulamentação. Em 24 de outubro de 1929, na chamada "quinta-feira negra", a bolsa de Nova Iorque quebrou.
Efeitos. Em outubro de 1929, a bolsa de Nova Iorque caiu cerca de 40%. Nos anos seguintes, um terço da população dos EUA ficou desempregada. A crise atingiu Alemanha e França. No Brasil houve queda na exportação de café.
Resultados. Os EUA aumentaram os gastos públicos, no chamado "New Deal". No Brasil, os efeitos foram contidos pela compra, por parte do governo, do café produzido, impedindo o afundamento dos preços.

Choques do petróleo — Em 1973, países produtores suspenderam exportações aos aliados de Israel (EUA, Europa e Japão). Em 1979, a revolução islâmica, que tinha como lider o aiatolá Khomeini, tirou o xá Reza Pahlevi do governo do Irã. Os protestos desorganizaram a produção petrolífera do país e o preço do barril subiu 250% nos EUA.
Efeitos. Dependentes do petróleo, EUA e Europa viram a inflação disparar e a economia entrar em recessão por conta dos alto custos de produção. Bancos centrais cortaram taxas de juros, o que aprofundou a crise.
Resultados. Os países buscaram outras formas de energia, o que no Brasil culminou no Proálcool.

Estouro da bolhada internet — Crescendo rapidamente desde 1995, as empresas de internet viram o fim abrupto dessa trajetória em março de 2000. 
Causas. O crescimento do setor e a especulação levaram as ações das empresas "pontocom" a altas espetaculares. Muitas atingiram valor de mercado bem superior ao real. Em cinco dias, a Nasdaq, bolsa de tecnologia dos EUA, caiu 10%.
Efeitos. Com dívidas contraídas para expansão, diversas empresas quebraram, entre elas, a WordCom, maior falência da história dos EUA até então. Antes do fim do ano 2000, as empresas do setor perderam mais de US$ 1,7 trilhão em valor de mercado.
Resultados. O estouro da bolha forçou a revisão de regulamentações do mercado e a reorganização das empresas.

Crise Imobiliária — Crise atual pela qual passam os mercados mundiais. É a maior desde a de 1929.
Causas. Empréstimos que americanos tomaram para comprar imóveis ou hipotecaram os que já tinham. Em 2006, os preços desses imóveis desabaram e muitos mutuários deram calote.
Efeitos. A falta de confiança dos bancos "enxugou" o dinheiro do mercado e criou problemas de liquidez. Vários bancos quebraram. No Brasil empresas listadas na Bovespa sofreram fortes perdas.
Resultados. Entidades reguladoras coordenam as operações de salvamento e os EUA estudam novas regulamentações para o mercado de crédito imobiliário.