quinta-feira, 7 de maio de 2009

Crise financeira agora é crise mundial de empregos

Ao acompanhar as notícias mais recentes percebemos que surgem aqui e ali sinais de que a economia brasileira (e mundial) se recupera. Algo que já esperávamos porque para os trabalhadores brasileiros, o Brasil continua a ser muito maior que a atual crise mundial. Ainda mais por estarmos sempre prontos para fazer nossa parte e confiarmos na nossa capacidade de superação.

Mas por mais que vasculhemos o noticiário, ainda não encontramos nenhum indício de recuperação do emprego. E é essa a medida que nos interessa tanto quanto trabalhadores, como cidadãos e consumidores. Sem a retomada do emprego não há economia que se sustente a médio e longo prazos. Pois estaremos comprometendo a sustentação e o vigor do mercado interno.

Da mesma maneira que não aceitamos as notícias evidentemente manipuladas do início da crise, que eram publicadas para reforçar o terrorismo e justificar o desemprego em massa, agora não aceitaremos, também, as supostas boas notícias de recuperação da economia sem que sejam acompanhadas, simultaneamente, de açoes concretas pela retomada dos empregos.

Porque um dos fundamentos que foi utilizado por todos os analistas que souberam avaliar com realismo a atual crise destacava o mercado interno, sustentado pelo nível de emprego, como o pilar máximo de sustentação da economia brasileira.

Mercado interno que foi estimulado por politicas públicas adotadas no Governo Lula que apostaram na recuperação do valor do salário-mínimo, na redistribuição de renda e na implantação do Bolsa Família. O governo do presidente Lula soube adotar, com rapidez, a desoneração tributária, ao abrir mão do IPI no setor automobilístico e na linha branca e a forçar a queda dos juros e dos spreads bancários nos bancos públicos. Um conjunto de medidas que hoje nos permite respirar mais ou menos aliviados, mas que ainda está distante de influenciar a retomada dos empregos.

Por isso, insistimos na recuperação dos empregos como a medida máxima da recuperaão da economia. O que nos leva a tratar as atuais notícias de fim do poço da economia como manipulações do sistema que usa os meios de comunicação para alardear o clima que lhe interessa, sem se atentar para a essência da atual crise, que se configura como uma crise mundial de emprego.