terça-feira, 23 de junho de 2009

É possível, sim, superar a crise com muito trabalho e patriotismo

Aos trabalhadores, entre eles os metalúrgicos do Grande ABC, interessa acompanhar de perto os efeitos da crise em nossos empregos e na sobrevivência das camadas mais pobres da nossa Nação, tradicionalmente desprezadas pelas nossas elites. Diante da informação divulgada pela FAO, organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) para a agricultura e alimentação, de que 1 bilhão de pessoas no mundo serão vítimas da fome, voltamos nossa atenção para os esforços continuados do governo do presidente Lula de proteger com a Bolsa Família as famílias, que, de outra maneira, estariam submetidas ao rigor desta fome já registrada pela ONU.Além da Bolsa Família, o reajuste real do salário mínimo também se transformou numa rede protetora, em termos de realidade brasileira, para milhões de aposentados e pensionistas e de trabalhadores que ainda conseguem manter uma carteira assinada nestes rincões brasileiros.Só quem tem uma vivência da realidade dura que abate sobre o sertão brasileiro, sobre as famílias ribeirinhas do Amazonas, e de milhões de outros brasileiros que sobrevivem no limite de suas forças físicas pode entender e valorizar a proteção que significa a entrada de R$ 60 a 70 por mês ou o acesso a um salário mínimo. Se olhamos para estes aspectos de manutenção mínima da sobrevivência de brasileiros nestes tempos de crise mundial é para chamar a atenção das lideranças políticas, de parte da elite dos empresários, que ainda acredita e aposta no futuro do Brasil, que temos, sim, condições de organizar a superação da atual crise.As políticas públicas adotadas pelo governo Lula criaram, como disse, uma rede de proteção. Ainda temos um mercado interno dinâmico e nossa população de mais baixa renda ainda não é vítima da fome.Ou seja, temos as condições mínimas para reorganizar nosso mercado interno, de apostar na geração imediata de geração de novas vagas, para absorver os trabalhadores e trabalhadoras que foram demitidos desde a crise.E para criar esperança e oportunidades para os jovens que querem trazer para o Brasil sua energia transformadora e geradora de novas riquezas que muito mais do que os trabalhadores e suas lideranças, que o governo e suas políticas públicas, que devem se mobilizar também os empresários, até mesmo os banqueiros, os políticos (deputados federais e estaduais, prefeitos, vereadores e senadores) para gerar ações imediatas a favor do Brasil e dos seus trabalhadores. Só assim conseguiremos aproveitar da atual rede de proteção gerada pelos acertos das políticas públicas do governo Lula e afastar de vez o fantasma da fome, como já identificada pela ONU em países que viviam em situação muito próxima da realidade brasileira há uma década.É hora de agir porque a crise ainda é grave. É hora de lembrar que os trabalhadores e os governos não foram responsáveis pela crise. E é o momento de dar um tranco na elite financeira e industrial brasileira. Pois ou eles nos ajudam a superar a crise, ou a crise se abaterá, inclusive, sobre os seus tão preciosos lucros.