terça-feira, 7 de julho de 2009

Brasil moderno e mais produtivo com jornada de 40 horas semanais

O Brasil do futuro, tão sonhado e parte integrante dos discursos políticos das últimas cinco décadas está, agora, ao alcance de nossa realidade.O futuro chega, por exemplo, com a redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução dos salários, conforme foi aprovado na Comissão Especial da Câmara dos Deputados. Países civilizados como Suécia, com jornada semanal de 37,8 horas; Alemanha, com 38 horas semanais e França, com 38,6 horas, são exemplos contundentes de que é possível somar a qualidade de vida com uma jornada menor.Trata-se de uma decisão modernizadora que vem se somar aos 15 anos do Plano Real, à recuperação do valor do salário mínimo e à legislação que estabeleceu, após muita mobilização dos trabalhadores, a Participação nos Lucros e Resultados (PLR). São conquistas que, ao longo dos anos, reforçaram o mercado interno brasileiro e nos ajudaram a blindar nossa economia em relação à crise financeira mundial. Hoje, com a tecnologia disponível, é possível produzir muito mais, com menos homens/hora. O capitalismo civilizado investe nesta atitude porque sabe que é um bom negócio ter mais trabalhadores e trabalhadoras na produção, pois, se todos ganharem sua parte, conseguem gerar um mercado interno forte.Desde o começo da década de 90, quando o ex-presidente Fernando Collor comparou os carros brasileiros a carroças, a produção anual da indústria passou de pouco mais de 1 milhão de veículos para quase 3 milhões, atualmente. Em toda a década de 80 foram lançados oito novos modelos de automóveis. Na primeira metade dos anos 90 foram doze. Hoje, já nem dá mais para contar o número de modelos novos. Além disso, o tempo de montagem de um veículo foi reduzido de 48 para 33 horas, no fim da década de 90. Atualmente, os trabalhadores das montadoras do Grande ABC montam um carro em menos de 17 horas. Dentro desta produtividade crescente, o impacto da redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais vai mesmo é fortalecer o mercado interno. Estimativas do Dieese mostram que a redução das atuais 44 horas semanais para 40 horas vai ajudar a abrir mais de 2,5 milhões de vagas.Com pais e mães com mais tempo, o Brasil inteiro viverá uma revolução na educação. Porque os pais e mães querem (e precisam) de mais tempo para acompanhar e incentivar seus filhos na escola. E com mais pais e mães trabalhando, teremos um reforço adicional no consumo interno.Falta agora a redução da jornada de trabalho ser votada em plenário. Estamos animados porque estamos em um ano pré-eleitoral. E sabemos do cuidado que os deputados federais têm com os temas de interesse dos trabalhadores.Além disso, a grande maioria do Congresso Nacional (Câmara e Senado) quer superar a atual crise financeira mundial, ajudar o País a gerar mais empregos e, principalmente, apostar no Brasil moderno. Como é desejo de todos nós.