Mesmo depois de um dia em que confirmamos nosso favoritismo na Copa do Mundo e de um placar de 2 a 1 contra a Coreia do Norte, poucos trabalhadores e trabalhadoras acreditariam na afirmação de que o Brasil seria campeão mundial em Educação e Saúde.
Primeiro, porque temos ainda, infelizmente, um longo caminho a percorrer para estabelecermos padrões mundiais em Educação e Saúde de nossa população. Mas, ao mesmo tempo, temos exemplos de sobra que somos, sim, capazes de buscar excelência se existir a vontade e a determinação políticas.
Capacidade organizativa e empenho do nosso povo temos como provar através do Samba e do Futebol. Ambas atividades coletivas, de grande competição entre os times e as escolas de samba, que têm o sucesso agregado a resultados e ao apoio coletivo das respectivas comunidades ou torcidas.
Por isso, é possível nos mobilizar, também, para sermos campeões mundiais em Educação e Saúde. E do mesmo jeito que o Brasil pára nas disputas da Copa do Mundo, é necessário e inadiável levar para o chão de fábrica, para as comunidades, para os pontos de ônibus, para o trajeto feito de trem, ou seja, em todos os lugares onde pelo menos dois brasileiros estejam juntos, a nossa preocupação com a Educação e Saúde.
A Educação é essencial porque nos ajuda a abrir os olhos e nos tornar democraticamente mais eficientes. Ou seja, a gente aprende a votar de olho no futuro e no comprometimento das candidatas ou candidatos com políticas públicas de curto prazo para revolucionar a Educação, a Saúde, a Segurança Pública e nosso bem-estar social e econômico.
Mais conscientes dos nossos direitos, saberemos distinguir o discurso do pára-quedista de plantão que só nos procura nos três meses anteriores às eleições e apostar nas lideranças que convivem com nossa realidade e que estão comprometidas com nosso passado, presente e, principalmente, com nossas vontades futuras.
É viável sermos campeões em Educação e Saúde. Como já faz parte de nossas expectativas sermos hexacampeões mundiais no futebol e os melhores sambistas do planeta. As condições iniciais estão no DNA de povo brasileiro. É uma questão, apenas, de organizar e mobilizar nossos talentos. E junto com o samba e a bola, aprendermos a usar com mais sabedoria e visao de futuro o nosso título de eleitor.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Blindar os direitos trabalhistas do Brasil
Na semana passada, doze trabalhadores da Foxconn, a maior empresa chinesa subcontratada do mundo, se mataram. Não aguentaram a carga horária excessiva e os baixíssimos salários. Eles ganham R$ 240 por mês, ou R$ 8,00 por dia, ou um real por hora. Verdadeira escravidão.
O que esta história tem a ver com a gente?
As grandes multinacionais adotam há anos uma política de expansão para os países em que a mão de obra é mais barata, com um controle da produção rígido, próximo da escravidão. É assim que se formou na China uma das maiores empresas subcontratadas do mundo, a Foxconn, que emprega mais de 800 mil trabalhadores e presta serviços para multinacionais como a Apple, Dell, HP, Nintendo e Sony.
Além da carga horária excessiva e dos salários baixos os trabalhadores e trabalhadoras chineses não têm como se organizar de maneira independente para negociar melhores condições de vida, de salário e de trabalho com as multinacionais. Ou seja, lá não existem as proteções trabalhistas e sociais garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
As multinacionais, ao expandirem para países como a China, testam um modelo que pretendem adotar no Brasil, caso consigam romper a blindagem de nossas leis trabalhistas.
Por isso, há toda uma pressão e um lobby fortíssimo dentro na Câmara dos Deputados para flexibilizar as leis trabalhistas, com a redução das férias, do abono de férias, da licença maternidade e até do 13º salário. Sem contar as garantias que temos com o FGTS e o direito à PLR.
Porque para trazer suas filiais para o Brasil interessa às multinacionais baixíssimos salários, como o de um real por hora que pagam aos trabalhadores chineses. Interessa também submeter e desacreditar a organização e mobilização sindical, como os aliados das multinacionais tentam fazer a cada reportagem que publicam a respeito da classe trabalhadora brasileira.
É importante ampliar nossa mobilização e levar nossas vontades para dentro do Congresso Nacional porque a expansão de nossa economia amplia o apetite das multinacionais. E aumenta a pressão sobre os parlamentares brasileiros através de empresas que articulam o fim dos direitos trabalhistas, que já conquistamos.
O discurso é indireto. Falam contra o custo Brasil, da suposta falta de competitividade do Pais, da falta de qualificação da nossa mão de obra. O objetivo é um só: minar a organização dos trabalhadores, de suas centrais sindicais e abalar a autoestima das principais lideranças sindicais e parlamentares.
E essas articulações são realizadas num momento em que nossa economia cresce 9% no 1º trimestre e tem, segundo o IBGE, uma expansão anual recorde, quando crescemos 2,7% no primeiro trimestre ante os três meses imediatamente anteriores.
É um “crescimento chinês” propagam as multinacionais e seus representantes que atuam no Brasil e ao mesmo tempo pressionam, direta e indiretamente, nossos deputados para flexibilizar as leis trabalhistas para nos impor “crescimento chinês” com salários de um real por hora.
E isso, nós trabalhadores e cidadãos brasileiros não deixaremos passar. Vamos ampliar ainda mais nossa mobilização e nas próximas eleições apoiar candidatos (deputados federais e estaduais, senadores, governadores e presidente da República) que provem, sem deixar dúvida, absoluto comprometimento com a CLT e com a blindagem dos direitos trabalhistas.
Não vamos deixar que a situação de desespero que leva operários chineses ao suicídio venha a acontecer no Brasil.
O que esta história tem a ver com a gente?
As grandes multinacionais adotam há anos uma política de expansão para os países em que a mão de obra é mais barata, com um controle da produção rígido, próximo da escravidão. É assim que se formou na China uma das maiores empresas subcontratadas do mundo, a Foxconn, que emprega mais de 800 mil trabalhadores e presta serviços para multinacionais como a Apple, Dell, HP, Nintendo e Sony.
Além da carga horária excessiva e dos salários baixos os trabalhadores e trabalhadoras chineses não têm como se organizar de maneira independente para negociar melhores condições de vida, de salário e de trabalho com as multinacionais. Ou seja, lá não existem as proteções trabalhistas e sociais garantidas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
As multinacionais, ao expandirem para países como a China, testam um modelo que pretendem adotar no Brasil, caso consigam romper a blindagem de nossas leis trabalhistas.
Por isso, há toda uma pressão e um lobby fortíssimo dentro na Câmara dos Deputados para flexibilizar as leis trabalhistas, com a redução das férias, do abono de férias, da licença maternidade e até do 13º salário. Sem contar as garantias que temos com o FGTS e o direito à PLR.
Porque para trazer suas filiais para o Brasil interessa às multinacionais baixíssimos salários, como o de um real por hora que pagam aos trabalhadores chineses. Interessa também submeter e desacreditar a organização e mobilização sindical, como os aliados das multinacionais tentam fazer a cada reportagem que publicam a respeito da classe trabalhadora brasileira.
É importante ampliar nossa mobilização e levar nossas vontades para dentro do Congresso Nacional porque a expansão de nossa economia amplia o apetite das multinacionais. E aumenta a pressão sobre os parlamentares brasileiros através de empresas que articulam o fim dos direitos trabalhistas, que já conquistamos.
O discurso é indireto. Falam contra o custo Brasil, da suposta falta de competitividade do Pais, da falta de qualificação da nossa mão de obra. O objetivo é um só: minar a organização dos trabalhadores, de suas centrais sindicais e abalar a autoestima das principais lideranças sindicais e parlamentares.
E essas articulações são realizadas num momento em que nossa economia cresce 9% no 1º trimestre e tem, segundo o IBGE, uma expansão anual recorde, quando crescemos 2,7% no primeiro trimestre ante os três meses imediatamente anteriores.
É um “crescimento chinês” propagam as multinacionais e seus representantes que atuam no Brasil e ao mesmo tempo pressionam, direta e indiretamente, nossos deputados para flexibilizar as leis trabalhistas para nos impor “crescimento chinês” com salários de um real por hora.
E isso, nós trabalhadores e cidadãos brasileiros não deixaremos passar. Vamos ampliar ainda mais nossa mobilização e nas próximas eleições apoiar candidatos (deputados federais e estaduais, senadores, governadores e presidente da República) que provem, sem deixar dúvida, absoluto comprometimento com a CLT e com a blindagem dos direitos trabalhistas.
Não vamos deixar que a situação de desespero que leva operários chineses ao suicídio venha a acontecer no Brasil.
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