quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A hora da pressão dos trabalhadores e da opinião pública

A hora da pressão dos trabalhadores e da opinião pública
O Congresso Nacional, em grande parte renovado, tomou posse nesta semana, em 1o. de fevereiro. A festa foi grande, com mais de 3.500 convidados. O Brasil e os brasileiros confirmam o vigor de nossa democracia.
Mas acabada a festa de posse é hora de nós trabalhadores e trabalhadoras deixarmos claro sobre o que queremos deste Congresso Nacional, ou seja, acompanhar como votará cada deputado federal e senador da República.
Porque temos uma agenda urgente e que precisamos de vê-la cumprida o mais rapidamente possível.
Estão na pauta da classe trabalhadora brasileira os seguintes temas:
1. Fim da demissão imotivada — Adesão do Brasil ao texto da Convenção 158, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que impede as empresas de demitirem seus funcionários sem justa causa
2. Jornada de trabalho — Proposta de Emenda à Constituição que reduz a jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, sem a redução dos salários.
3. Terceirização — Mensagem presidencial que pede a retirada de tramitação de projeto de autoria do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que trata de terceirização de mão de obra
4. Licença maternidade — Proposta de Emenda à Constituição que estabelece de forma compulsória a ampliação da licença maternidade para 180 dias.
Os deputados federais e senadores são muito sensíveis à própria sobrevivência política. Já tomam posse pensando na reeleição. E avaliam quais foram as razões de seus colegas, muitos deles campeões de votos, terem ficado fora do Congresso Nacional.
A principal razão da não eleição é a população ter percebido um descolamento dos compromissos de alguns políticos dos projetos de interesse nacional.
Hoje, vivemos num Brasil que aposta de maneira irreversível nas políticas públicas que estimulem a inclusão social, a distribuição de renda, a melhoria do padrão de vida da população através de oferta de emprego, de crédito e de oportunidades.
Aprendemos a gostar destas novas realidades a partir do governo do presidente Lula que cumpriu sua promessa de campanha e governou para o Brasil. Sem deixar de fora os mais pobres e, principalmente, respeitando a classe trabalhadora organizada.
Por isso, agora é a hora da pressão total. Vamos mostrar, já nos primeiros meses deste novo Congresso, que os trabalhadores brasileiros, através de suas lideranças sindicais, com o reforço essencial das lideranças comunitárias organizadas, que só nos interessam a aprovação de leis a favor do Brasil e dos brasileiros.
Vamos continuar a pressionar por mais distribuição de renda, por um controle rígido do governo federal sobre os gastos públicos, para sobrar dinheiro para se investir em Educação, Saúde e Segurança Pública.
São tarefas inadiáveis e que exigirão de cada um de nós, na fábrica e na vila, no ônibus e no trem, nos nossos encontros sociais e culturais, manter um olho na nossa realidade e outro no comportamento dos deputados federais e senadores que elegemos.
E criarmos o hábito de reclamar sempre que sentirmos que não agem de acordo com nossas reivindicações. Podemos fazer isso por e-mail, por telefone ou por Carta Social. Basta enviarmos uma Carta Social, com endereçamento feito a mão, que custa um centavo, isso mesmo, um centavo, com o nome do deputado federal ou senador para o seguinte endereço: Palácio do Congresso Nacional - Praça dos Três Poderes - Brasília - DF - CEP 70160-900.
Vamos provar para os novos deputados federais e senadores que eles e elas estão lá para defender nossos interesses, que coincidem com os sonhos de um Brasil mais justo, mais igual, com uma distribuição de renda e de oportunidades para todos.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá