sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

A travessia para o futuro

A travessia para o futuro
Cada torcedor gostaria que seu time fosse campeão todos os anos. Cada um de nós gostaria de ganhar muito mais do que recebemos no holerite no final do mês. Mas sabemos, por intuição, que nossos desejos nem sempre são respeitados.
Porque vivemos num mundo complexo, resultado das vontades de milhões de pessoas. Por isso, quando avaliamos os avanços de nossa família, de nossa comunidade, cidade ou até mesmo do nosso País, seria adequado aprender a olhar para os resultados coletivos que alcançamos.
Desde 1994, quando o Brasil inteiro viu surgir o Plano Real (muitos, diga-se sem acreditar que daria certo) temos uma inflação sobre controle. Não quer dizer inflação zero. Mas temos como saber se os preços estão subindo além do adequado e como controlar através de decisões econômicas o fluxo da moeda, a concorrência entre as empresas e manter os preços mais ou menos estabilizados.
Ou seja, de uma situação complexa que era gerenciar a inflação que nos levou ao desespero de congelar preços como foi feito na época do governo Sarney, hoje desenvolvemos controles sociais e governamentais que nos protegem contra a inflação galopante. Melhoramos, portanto.
Vamos olhar para a renda dos trabalhadores. Estamos longe dos salários desejados. Mas com a inflação sobre controle, conseguimos ao longo dos anos manter mais renda em nossos bolsos. Antes, recebíamos os salários e saíamos correndo para gastar pois o dinheiro perdia valor a cada hora.
E com mais renda no bolso conseguimos também planejar melhor nossas vidas e quem nem imaginava ter dinheiro para um carrinho zero ou para viajar de avião, hoje pode assumir uma prestação e até viajar de navio.
Está bom? Ainda não, claro. Mas na média ao somarmos cada uma das nossas vontades para melhorar o Brasil conseguimos avanços coletivos inquestionáveis.
Falta, ainda, concentrar nossa vontade coletiva na melhoria da Educação, da Saúde e, principalmente, da Segurança.
Impossível? Claro que não. Basta não perdermos nossa fé imensa em nosso próprio potencial. E exercitar todos os dias nossa vontade de um Brasil melhor, que se reflita em nossa cidade, na rua de nossa casa e, principalmente, na qualidade de vida da nossa família.
Cícero Martinha, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá